quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

OPINIÃO: Por morrer uma andorinha...

Jornal de Nisa – n.º 265
Com a publicação deste número - 265 - o Jornal de Nisa, sob a direcção do seu fundador – Mário Mendes –, após uma caminhada de aproximadamente 11 anos (completá-los-ia em Janeiro) chega ao fim, ao fim das suas edições; continuará, contudo, como referência, e a História do concelho de Nisa será escrita, forçosamente, com o apoio das suas páginas.
A história do Jornal, ainda que a quente, já começou. Já se fala do passado e do vazio no futuro. Alguns já dizem que irão sentir a falta de notícias, de um dos elos de ligação ao torrão natal. Outros, aqueles que não gostam de ver divulgadas as suas faltas, os seus pecados, já se regozijam. Regozijam-se os políticos, os políticos detentores do poder e da comunicação escrita. Dizem, por aí, que tudo ficará a uma só voz (mas a propósito de voz, aqui para nós, para vós e para os avós, em Nisa não há oposição!?).
Pela nossa parte, em termos de escrita nossa, ficam, deste modo, sem continuidade, incompletas, portanto, as Página(s) da nossa História e Para as Página(s) da nossa História, e outros trabalhos de investigação, que estavam em perspectiva de serem divulgados, restam, mau grado, acomodados na gaveta. Permanece sem continuidade o texto ficcionado sobre o urânio, que, sem título e sem indicação do autor, tornámos público pelo Natal de 2007 (Jornal de Nisa, 19 de Dezembro de 2007, pág. IX). Fica por analisar criticamente o atentado ao património (mais um) que é a aberração de escadas – tipo jogo da glória -, que circundam a torre e pano de muralha, e a miscelânea de ruína provocada, de recuperação e de modernice, que, aliás, está na moda, à Porta de Montalvão (Nisa).
Pela nossa parte, para finalizar, fica o agradecimento público ao director do Jornal de Nisa, que, logo no primeiro número, nos convidou a colaborar, colaboração que, entre outros assuntos de natureza vária não sujeitos a tema nem a numeração, se salda, em jeito de balanço, na publicação de 109 (108 numeradas, mais uma não numerada, a inicial) Página(s) da nossa História e de 6 Para as Página(s) da nossa História.
José Dinis Murta / 19 Out. 2008