sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

MEMÓRIA(S): Notícias, curiosidades, opiniões

De Janeiro de 1998 a Outubro de 2008, o "Jornal de Nisa" publicou milhares de textos, uns noticiosos, outros de opinião, muitos outros ainda sobre histórias e memórias do concelho.
São algumas dessas Memórias que aqui iremos recordar.

 Uma abóbora gigante em Amieira do Tejo, era notícia na edição de 4 de Março de 1998 do Jornal de Nisa e fazia as "delícias" do nosso colaborador, Jorge Pires.
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 OPINIÃO: Temas e problemas
A Humanização dos Serviços de Saúde, ou a Falta Dela (21/8/07)
- David José Nunes Esteves *
Frente ao acelerado processo de desenvolvimento tecnológico na área da Saúde, a singularidade do doente – sentimentos, crenças e valores – ficou para segundo plano. A doença passou então a ser objecto do saber reconhecido cientificamente e a assistência médica muitas vezes tem vindo a desumanizar-se.
Por outro lado, é importante referir que muitos dos problemas dos doentes podem ser resolvidos ou atenuados, quando se sentem compreendidos e respeitados pelos profissionais. A falta de acolhimento e de continência no que respeita a aspectos emocionais, pode conduzir ao abandono ou à rejeição do tratamento e favorecer a busca de caminhos sociais alternativos, que ofereçam maior receptividade e compreensão. A relação profissional-doente tem especial importância no processo de adesão ao tratamento.
A Humanização dos Serviços de Saúde é um processo amplo e complexo, ao qual se oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento, que sempre despertam receio e medo. A Humanização, ou a falta dela, nas relações dos Serviços de Saúde passa, de facto, também, pela questão do mau estado das instalações e obsolescência de alguns equipamentos.
Contudo, apesar de o nosso Centro de Saúde de Nisa estar sedeado num edifício antigo, a falta de condições não se coloca. Para isso, muito contribuiu o trabalho desenvolvido pela Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Nisa. Mas, será que valeu mesmo a pena este trabalho todo quando se fala no fecho do internamento e da construção de um novo Centro de Saúde? Certamente que todo esse esforço não foi em vão e muita gente já beneficiou e continua a beneficiar com o que a Liga dos Amigos do Centro de Saúde já fez pela nossa comunidade e por a humanização dos serviços de saúde.
Uma relação humanizada engloba, sem qualquer dúvida, um conjunto de componentes que vão desde a acessibilidade, ao atendimento humano, às condições físicas dos espaços onde se aguarda e se é atendido, aos equipamentos, ao acesso a todos os meios disponíveis, etc. Uma verdadeira humanização dos serviços de saúde passa por um atendimento permanente que não se coloca dentro de horário de uma autarquia, de uma repartição de finanças ou até mesmo de um cartório. Mas neste caso, a “humanização” tinha que partir de quem “tem o poder”, de quem é eleito para nos representar e da própria sociedade civil, que no que respeita à “luta por direitos” tem deixado muito a desejar.
A Humanização dos Serviços de Saúde passa também pela criação de um “clima facilitador” de relações. Estou a referir-me concretamente à criação de boas condições de trabalho a todos os que dentro dos serviços de saúde exercem a sua actividade. Também aqui, a situação não parece simples. Não basta melhorar os equipamentos ou fazê-los surgir, é necessário implementar uma nova política de conduta que combata os hábitos enraizados e que, em muitos casos, são verdadeiros entraves às mudanças. Mas parece-se que isto terá de ser feito de uma forma inclusiva e não hostil, terá de ser dinamizado por pessoas que reconhecidamente têm capacidade para o fazer. Não me parece de todo que isso esteja a ser conseguido por todo o nosso país.
Haverá sem dúvida muito profissionais na área da saúde com um comportamento ético duvidoso, há gente assim em todas as áreas profissionais. Há também influencias culturais, nomeadamente, a alteração de valores a que todos estamos sujeitos e às quais ninguém é imune. A valorização das aparências e dos bens materiais em detrimento de mais relacionados com as nossas necessidades básicas, enquanto seres humanos atravessam toda a nossa sociedade, não é exclusivamente dos profissionais da área da saúde e assume a sua principal expressão na privatização dos sistemas de solidariedade social.
Em jeito de conclusão, apraz-me dizer que é necessário dar as mãos. As Unidades de Saúde e Instituições Particulares de Solidariedade Social que têm actuado na área da saúde devem ser capazes de assumir compromissos e de serem ao mesmo tempo actuais e inovadoras, colocando sempre o doente em primeiro lugar. É urgente melhorar a qualidade e a eficácia da atenção dispensada aos doentes; recuperar a imagem das unidades de saúde junto da comunidade; capacitar os profissionais da área da saúde para um conceito de atenção à saúde, baseado na valorização da vida humana e da cidadania; conceber e implantar novas iniciativas de humanização beneficiando tantos os doentes como os profissionais de saúde; estimular a realização de parcerias e trocas de conhecimentos; e desenvolver um conjunto de indicadores de resultados e sistemas de incentivos ao tratamento humanizado.
* Finalista do Curso de Serviço Social
Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa
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Passeio TT dos Bombeiros de Nisa
UM ÊXITO EM TODA A LINHA
Constituiu um assinalável êxito, o 1º Passeio TT, destinado a motos e moto 4, organizado pela secção desportiva dos Bombeiros Voluntários de Nisa e que decorreu no passado dia 2, sábado.


A animação começou bem cedo junto ao local de concentração, no pavilhão da Junta de Freguesia do Espírito Santo. Foi aqui que os cerca de 50 participantes, tomaram o pequeno-almoço e ouviram os responsáveis pela organização que traçaram os objectivos para este primeiro passeio e fizeram as recomendações da ordem para que tudo corresse pelo melhor.
E, efectivamente, assim sucedeu, os amantes de todo o terreno, tiveram um dia e paisagens magníficas para percorrerem os principais trilhos do concelho, conhecer gentes e lugares, conviver, saborear a típica gastronomia norte-alentejana, num ambiente de camaradagem que apraz registar.Após o passeio teve lugar o almoço convívio, com comes e bebes, animação que se prolongou pela tarde fora.
Foi, pois, uma iniciativa merecedora dos maiores encómios, a justificar outras edições. Apenas apontamos um reparo: com a Inijovem a promover iniciativa idêntica com poucos dias de intervalo, seria salutar que as duas organizações reunissem e programassem estes passeios com maior distância de tempo, entre eles. Cremos que todos beneficiariam com o facto.
Apoiaram este 1º Passeio dos Bombeiros Voluntários de Nisa, diversas firmas comerciais de Nisa, Bombeiros Voluntários, Juntas de Freguesia do Espírito Santo e de Nossa Senhora da Graça, Câmara Municipal de Nisa e Sport Nisa e Benfica.
Blog do "Jornal de Nisa" - 8/12/07
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Idosos de Arez visitaram Fluviário de Mora
Cerca de 30 utentes do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Arez visitaram na passada quarta-feira, dia 12, o Fluviário de Mora. Foi um passeio muito divertido e aproveitado pelos idosos, dirigentes e alguns funcionários da Misericórdia para ficarem a conhecer um pouco mais da região alentejana e desta infra-estrutura, única a nível europeu, dedicada aos recursos hídricos e piscícolas. O passeio foi proporcionado pela Santa Casa da Misericórdia de Arez, com o apoio da Câmara Municipal de Nisa que cedeu o autocarro.
Blog do "Jornal de Nisa - 13.9.07