Primeiro, não se sabia quem eram os donos do terreno.
Depois, os contactos eram difíceis e complexos, do tamanho da montanha erguida
pelos burocratas da Praça do Pelourinho. Por iniciativa privada, vieram os
proprietários, derrubaram-se as barreiras, desimpediram-se os burocráticos
argumentos e pensou-se: É desta!
Qual quê. A maioria camarária que enxameia os discursos de
“cultura” e de “património” diz não ter, agora, dinheiro para levantar o Menir,
como se a tarefa ficasse tão dispendiosa como uma visita das “tias”.
O Patalou fica lá para “cascos de rolha” e uma pedra, mesmo
gigante, está muito melhor deitada, dormindo a sono solto, tal como está há
milhares de anos. Por que é que querem, afinal, levantar a pedra? Não estará
melhor no sítio onde está? Sossegada e sem chatear ninguém? Já viram o
investimento que temos de fazer nas Termas, ou na Zona Industrial? Não
repararam, ainda, nos postos de trabalho que temos criado? E no combate à
desertificação do concelho?
Uma pedra... Ainda se fosse um edifício de dez andares, uma
rotunda, ou um monumento aos emigrantes...
Deixem-se disso e pensem mas é no progresso do concelho!
in "Jornal de Nisa" - 241 - 17/10/2007