De Janeiro de 1998 a Outubro de 2008, o "Jornal de Nisa" publicou milhares de textos, uns noticiosos, outros de opinião, muitos outros ainda sobre histórias e memórias do concelho.
São algumas dessas Memórias que aqui iremos recordar.
Uma abóbora gigante em Amieira do Tejo, era notícia na
edição de 4 de Março de 1998 do Jornal de Nisa e fazia as "delícias"
do nosso colaborador, Jorge Pires.
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OPINIÃO: Temas e problemas
A Humanização dos Serviços de Saúde, ou a Falta Dela
(21/8/07)
- David José Nunes Esteves *
Frente ao acelerado processo de desenvolvimento tecnológico
na área da Saúde, a singularidade do doente – sentimentos, crenças e valores –
ficou para segundo plano. A doença passou então a ser objecto do saber
reconhecido cientificamente e a assistência médica muitas vezes tem vindo a
desumanizar-se.
Por outro lado, é importante referir que muitos dos
problemas dos doentes podem ser resolvidos ou atenuados, quando se sentem
compreendidos e respeitados pelos profissionais. A falta de acolhimento e de
continência no que respeita a aspectos emocionais, pode conduzir ao abandono ou
à rejeição do tratamento e favorecer a busca de caminhos sociais alternativos,
que ofereçam maior receptividade e compreensão. A relação profissional-doente
tem especial importância no processo de adesão ao tratamento.
A Humanização dos Serviços de Saúde é um processo amplo e
complexo, ao qual se oferecem resistências, pois envolve mudanças de
comportamento, que sempre despertam receio e medo. A Humanização, ou a falta
dela, nas relações dos Serviços de Saúde passa, de facto, também, pela questão
do mau estado das instalações e obsolescência de alguns equipamentos.
Contudo, apesar de o nosso Centro de Saúde de Nisa estar
sedeado num edifício antigo, a falta de condições não se coloca. Para isso,
muito contribuiu o trabalho desenvolvido pela Liga dos Amigos do Centro de
Saúde de Nisa. Mas, será que valeu mesmo a pena este trabalho todo quando se
fala no fecho do internamento e da construção de um novo Centro de Saúde?
Certamente que todo esse esforço não foi em vão e muita gente já beneficiou e
continua a beneficiar com o que a Liga dos Amigos do Centro de Saúde já fez
pela nossa comunidade e por a humanização dos serviços de saúde.
Uma relação humanizada engloba, sem qualquer dúvida, um
conjunto de componentes que vão desde a acessibilidade, ao atendimento humano,
às condições físicas dos espaços onde se aguarda e se é atendido, aos
equipamentos, ao acesso a todos os meios disponíveis, etc. Uma verdadeira
humanização dos serviços de saúde passa por um atendimento permanente que não
se coloca dentro de horário de uma autarquia, de uma repartição de finanças ou
até mesmo de um cartório. Mas neste caso, a “humanização” tinha que partir de
quem “tem o poder”, de quem é eleito para nos representar e da própria
sociedade civil, que no que respeita à “luta por direitos” tem deixado muito a
desejar.
A Humanização dos Serviços de Saúde passa também pela
criação de um “clima facilitador” de relações. Estou a referir-me concretamente
à criação de boas condições de trabalho a todos os que dentro dos serviços de
saúde exercem a sua actividade. Também aqui, a situação não parece simples. Não
basta melhorar os equipamentos ou fazê-los surgir, é necessário implementar uma
nova política de conduta que combata os hábitos enraizados e que, em muitos
casos, são verdadeiros entraves às mudanças. Mas parece-se que isto terá de ser
feito de uma forma inclusiva e não hostil, terá de ser dinamizado por pessoas
que reconhecidamente têm capacidade para o fazer. Não me parece de todo que
isso esteja a ser conseguido por todo o nosso país.
Haverá sem dúvida muito profissionais na área da saúde com
um comportamento ético duvidoso, há gente assim em todas as áreas
profissionais. Há também influencias culturais, nomeadamente, a alteração de
valores a que todos estamos sujeitos e às quais ninguém é imune. A valorização
das aparências e dos bens materiais em detrimento de mais relacionados com as
nossas necessidades básicas, enquanto seres humanos atravessam toda a nossa
sociedade, não é exclusivamente dos profissionais da área da saúde e assume a
sua principal expressão na privatização dos sistemas de solidariedade social.
Em jeito de conclusão, apraz-me dizer que é necessário dar
as mãos. As Unidades de Saúde e Instituições Particulares de Solidariedade
Social que têm actuado na área da saúde devem ser capazes de assumir
compromissos e de serem ao mesmo tempo actuais e inovadoras, colocando sempre o
doente em primeiro lugar. É urgente melhorar a qualidade e a eficácia da
atenção dispensada aos doentes; recuperar a imagem das unidades de saúde junto
da comunidade; capacitar os profissionais da área da saúde para um conceito de
atenção à saúde, baseado na valorização da vida humana e da cidadania; conceber
e implantar novas iniciativas de humanização beneficiando tantos os doentes
como os profissionais de saúde; estimular a realização de parcerias e trocas de
conhecimentos; e desenvolver um conjunto de indicadores de resultados e
sistemas de incentivos ao tratamento humanizado.
* Finalista do Curso de Serviço Social
Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa
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Passeio TT dos Bombeiros de Nisa
UM ÊXITO EM
TODA A LINHA
Constituiu um assinalável êxito, o 1º Passeio TT, destinado
a motos e moto 4, organizado pela secção desportiva dos Bombeiros Voluntários
de Nisa e que decorreu no passado dia 2, sábado.
A animação começou bem cedo
junto ao local de concentração, no pavilhão da Junta de Freguesia do Espírito
Santo. Foi aqui que os cerca de 50 participantes, tomaram o pequeno-almoço e
ouviram os responsáveis pela organização que traçaram os objectivos para este
primeiro passeio e fizeram as recomendações da ordem para que tudo corresse
pelo melhor.
E, efectivamente, assim sucedeu, os amantes de todo o
terreno, tiveram um dia e paisagens magníficas para percorrerem os principais
trilhos do concelho, conhecer gentes e lugares, conviver, saborear a típica
gastronomia norte-alentejana, num ambiente de camaradagem que apraz
registar.Após o passeio teve lugar o almoço convívio, com comes e bebes,
animação que se prolongou pela tarde fora.
Foi, pois, uma iniciativa merecedora dos maiores encómios, a
justificar outras edições. Apenas apontamos um reparo: com a Inijovem a
promover iniciativa idêntica com poucos dias de intervalo, seria salutar que as
duas organizações reunissem e programassem estes passeios com maior distância
de tempo, entre eles. Cremos que todos beneficiariam com o facto.
Apoiaram este 1º Passeio dos Bombeiros Voluntários de Nisa,
diversas firmas comerciais de Nisa, Bombeiros Voluntários, Juntas de Freguesia
do Espírito Santo e de Nossa Senhora da Graça, Câmara Municipal de Nisa e Sport
Nisa e Benfica.
Blog do "Jornal de Nisa" - 8/12/07
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Idosos de Arez visitaram Fluviário de Mora
Cerca de 30 utentes do Lar da Santa Casa da Misericórdia de
Arez visitaram na passada quarta-feira, dia 12, o Fluviário de Mora. Foi um
passeio muito divertido e aproveitado pelos idosos, dirigentes e alguns
funcionários da Misericórdia para ficarem a conhecer um pouco mais da região
alentejana e desta infra-estrutura, única a nível europeu, dedicada aos
recursos hídricos e piscícolas. O passeio foi proporcionado pela Santa Casa da
Misericórdia de Arez, com o apoio da Câmara Municipal de Nisa que cedeu o
autocarro.
Blog do "Jornal de Nisa - 13.9.07