quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MEMÓRIA DO JN - Exposição sobre os 10 anos do jornal

É verdade. Completámos 10 anos de existência no passado mês de Janeiro (1998 - 2008). Dez anos de vida e quase 250 edições do jornal.
Estamos a assinalar a efeméride com uma exposição patente ao público na Biblioteca Municipal de Nisa e a que demos o nome de "Rostos das Corte das Areias".
São mais de 50 fotos, escolhidas sem grande critério e que representam uma pequena parcela do acervo fotográfico obtido nestes 10 anos de vida do Jornal de Nisa.
Deixamos o convite: passe pela Biblioteca Municipal e visite a exposição.
Janeiro de 2008

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

OPINIÃO: O Jornal da Câmara e da ADN

Queria apenas partilhar consigo a minha opinião acerca de um assunto que vi hoje num artigo seu acerca do Jornal de Nisa, que como diz e muito bem neste artigo que escreveu, não passa de um Jornal da ADN. No último fim de semana, estive em Nisa e tive oportunidade de ler o dito jornal e fiquei simplesmente abismado com essa publicação, é realmente muito triste que o Jornal de Nisa, tenha perdido completamente as directrizes e os valores que o caracterizavam, porque o que constatei foi que este jornal serve pura e simplesmente para auto promoção da própria Câmara ou ADN, e seus múltiplos projectos em execução. Nesta última edição que tive oportunidade de ler, ainda fiquei mais triste quando vi um suplemento especial destinado a mais um novo projecto desta Associação que tem por nome Géneros e que se assume como primeira iniciativa do concelho na campo da igualdade de Géneros e Oportunidades, e achei realmente ridículo esta associação fazer um relato deste tipo quando esta própria associação e seus membros foram parceiros da Santa Casa no desenvolvimento do Projecto Entre Iguais, que este sim foi o primeiro na luta pela igualdade de Género no concelho, será que estas pessoas têm memória curta? É realmente frustante ver assim o meu trabalho e das minha colegas ser esquecido tão rápidamente e ver pessoas a vangloriar-se por feitos que não lhes pertencem. Mas desabafos á parte queria apenas manifestar a minha concordância com a sua opinião, acerca desta intitulado era do Jornal de Nisa, onde as pessoas de Nisa deixaram de ter direito à neutralidade necessária para manifestarem a sua opinião e a Câmara passou a ter um Boletim Municipal de grande destaque.
Com os melhores cumprimentos,

Leitor devidamente identificado - 4/8/2009

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Cartas que chegam, testemunhos que nos sensibilizam...

Agora que apareceu por aí uma "coisa" com o mesmo nome e feito por alguns funcionários da Câmara de Nisa ( é ano de eleições autárquicas e faz falta a propaganda para conseguir uma "maioria" que possa garantir mais 4 anos de emprego a quem o não tem...) fomos descobrir algumas mensagens que nos enviaram, a propósito do encerramento do Jornal de Nisa, em Outubro de 2008. Aqui as iremos dando a conhecer, para sossegar alguns espíritos sobre a natureza do jornal que teve uma existência de quase 11 anos ao longo de 265 edições e que alguns "filhos da terra e do sistema implantado" reputaram de "conflituosa" e de "culto da personalidade". Sobre um e outro conceito - ambos perfilhados pelo "aparatchik" que domina o poder local - também iremos dar alguns preciosos contributos, lembrando o exemplo e pondo em destaque, o que sobre os mesmos pensava o líder comunista, Álvaro Cunhal.
Primeira Carta (Paço de Arcos 12/12/2008)
Exmo Senhor Mário Mendes
Digº Director do Jornal de Nisa
Foi com pesar que soube do encerramento do Jornal de Nisa. Penso que ele contribuiu para alguma dinâmica do concelho: levantou questões e tratou assuntos com dignidade e abertura. Julgo que procurou ser objectivo.
Nem sempre concordei com tudo. Algumas vezes escrevi a discordar, ou de temas, ou da maneira como eram tratados no jornal.
Acho o resultado muito positivo.
Venho, pois, manifestar-lhe a minha solidariedade, neste momento que presumo difícil. Não o fiz há mais tempo por várias razões: a minha ausência provocou desconhecimento da situação e depois houve algum tempo que não li o jornal.
Desejo-lhe muitas felicidades para o futuro.
Com os meus cumprimentos,
Maria Augusta P F. Basso

OPINIÃO: Por morrer uma andorinha...

Jornal de Nisa – n.º 265
Com a publicação deste número - 265 - o Jornal de Nisa, sob a direcção do seu fundador – Mário Mendes –, após uma caminhada de aproximadamente 11 anos (completá-los-ia em Janeiro) chega ao fim, ao fim das suas edições; continuará, contudo, como referência, e a História do concelho de Nisa será escrita, forçosamente, com o apoio das suas páginas.
A história do Jornal, ainda que a quente, já começou. Já se fala do passado e do vazio no futuro. Alguns já dizem que irão sentir a falta de notícias, de um dos elos de ligação ao torrão natal. Outros, aqueles que não gostam de ver divulgadas as suas faltas, os seus pecados, já se regozijam. Regozijam-se os políticos, os políticos detentores do poder e da comunicação escrita. Dizem, por aí, que tudo ficará a uma só voz (mas a propósito de voz, aqui para nós, para vós e para os avós, em Nisa não há oposição!?).
Pela nossa parte, em termos de escrita nossa, ficam, deste modo, sem continuidade, incompletas, portanto, as Página(s) da nossa História e Para as Página(s) da nossa História, e outros trabalhos de investigação, que estavam em perspectiva de serem divulgados, restam, mau grado, acomodados na gaveta. Permanece sem continuidade o texto ficcionado sobre o urânio, que, sem título e sem indicação do autor, tornámos público pelo Natal de 2007 (Jornal de Nisa, 19 de Dezembro de 2007, pág. IX). Fica por analisar criticamente o atentado ao património (mais um) que é a aberração de escadas – tipo jogo da glória -, que circundam a torre e pano de muralha, e a miscelânea de ruína provocada, de recuperação e de modernice, que, aliás, está na moda, à Porta de Montalvão (Nisa).
Pela nossa parte, para finalizar, fica o agradecimento público ao director do Jornal de Nisa, que, logo no primeiro número, nos convidou a colaborar, colaboração que, entre outros assuntos de natureza vária não sujeitos a tema nem a numeração, se salda, em jeito de balanço, na publicação de 109 (108 numeradas, mais uma não numerada, a inicial) Página(s) da nossa História e de 6 Para as Página(s) da nossa História.
José Dinis Murta / 19 Out. 2008

domingo, 12 de janeiro de 2014

OPINIÃO: Cá na terra havia um jornal.

Coisa escorreita e despretensiosa, formato comedido e espessura a condizer, um jornal como deve ser, para mim, que estou ainda com uma mão no século passado, folheando papel, e outra no século presente, portátil à frente.
Por ali se iam contando as novidades do Concelho e arrabaldes, nos chegavam alegrias e mágoas de Nisenses na diáspora, nos eram oferecidos artigos de opinião sobre tudo e mais alguma coisa, colunas sobre a nossa história e património, a inevitável necrologia, assunto grave e circunspecto, entremeado de bodas de ouro e festas de artilheiros, que a vida são dois dias mas o Carnaval são três.
Sei eu, os meus botões e algum infortunado ouvinte ocasional, quantas vezes discordei da linha editorial do jornal.
Mas uma sempre lhe reconheci várias coisas: um constante pôr o dedo na ferida, e para continuar nos provérbios, a frontalidade de sempre chamar os bois pelos nomes, bem como uma convincente honestidade intelectual e uma invejável pluralidade.
Continuo a achar, se calhar e nos tempos que correm, um pouco contracorrente, que o desenvolvimento de um povo é directamente proporcional ao seu nível cultural. Tenho também para mim que a existência e a leitura de jornais são um bom índice de medida desse nível.
 Desconheço porque motivo ou motivos o toque a finados soou para o "Jornal de Nisa". Não sei se vinha já padecendo de doença crónica ou se foi de morte súbita, nem sequer o pude carpir em velório a preceito, só soube da sua sepultura em campa rasa.
Estou hoje mais pobre, este concelho está hoje mais pobre. Subsiste uma versão "online", que me sabe a hamburguer de plástico, fraco substituto do suculento bife a que me habituei.
Porque me faz falta o MEU jornal, nem que seja apenas para criticar as opiniões director!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

MEMÓRIA DO JN - Os Postais do Concelho (I)

Presença obrigatória quase desde o primeiro número do "Jornal de Nisa", os Postais do Concelho foram um caso de popularidade. Uma foto, a princípio de elementos do nosso património monumental e paisagístico, mais tarde de pessoas e acontecimentos, certo é que os Postais do Concelho despertavam interesse e curiosidade. Por aqui irão "desfilar" muitos desses Postais, sem pretensão de ordem cronológica e temporal. 
A foto diz tudo. A festa, alegria, a celebração pela conquista do título de campeão nacional de futebol. Este ano o país "vestiu-se" de vermelho e Nisa não foi excepção. Tudo decorreu em ambiente de franco desportivismo. Hoje ganham uns, amanhã, outros. O desporto só o é verdadeiramente quando dirigentes, atletas e adeptos se respeitam. A festa aconteceu e tomou conta das ruas. Foi bonito de ver.
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 "Com as lágrimas do tempo e a cal do meu dia eu fiz o cimento da minha poesia." - Vinícius de Moraes
Caia bem esta parede
Dá-lhe mais uma demão
Tem cuidado não caia
Alguma pinga no chão
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A rua já não tem ferro nem ferreiros: fugiu-lhe a vida, o colorido das flores, a brancura das casas.
Resta-lhe o nome e a memória assente na calçada de granito. As pessoas que ali nasceram e viveram também partiram, cumprido que foi o seu percurso terreno.
Ruas de Nisa, espaços de memórias e afectos que o tempo vai corroendo. Inexoravelmente...
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Num banco do jardim público, ainda sem as obras "requalificadoras", os dois irmãos olham o fotógrafo, com a tranquilidade de quem enfrentou os desafios de toda uma vida.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

MEMÓRIA(S): Notícias, curiosidades, opiniões

De Janeiro de 1998 a Outubro de 2008, o "Jornal de Nisa" publicou milhares de textos, uns noticiosos, outros de opinião, muitos outros ainda sobre histórias e memórias do concelho.
São algumas dessas Memórias que aqui iremos recordar.

 Uma abóbora gigante em Amieira do Tejo, era notícia na edição de 4 de Março de 1998 do Jornal de Nisa e fazia as "delícias" do nosso colaborador, Jorge Pires.
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 OPINIÃO: Temas e problemas
A Humanização dos Serviços de Saúde, ou a Falta Dela (21/8/07)
- David José Nunes Esteves *
Frente ao acelerado processo de desenvolvimento tecnológico na área da Saúde, a singularidade do doente – sentimentos, crenças e valores – ficou para segundo plano. A doença passou então a ser objecto do saber reconhecido cientificamente e a assistência médica muitas vezes tem vindo a desumanizar-se.
Por outro lado, é importante referir que muitos dos problemas dos doentes podem ser resolvidos ou atenuados, quando se sentem compreendidos e respeitados pelos profissionais. A falta de acolhimento e de continência no que respeita a aspectos emocionais, pode conduzir ao abandono ou à rejeição do tratamento e favorecer a busca de caminhos sociais alternativos, que ofereçam maior receptividade e compreensão. A relação profissional-doente tem especial importância no processo de adesão ao tratamento.
A Humanização dos Serviços de Saúde é um processo amplo e complexo, ao qual se oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento, que sempre despertam receio e medo. A Humanização, ou a falta dela, nas relações dos Serviços de Saúde passa, de facto, também, pela questão do mau estado das instalações e obsolescência de alguns equipamentos.
Contudo, apesar de o nosso Centro de Saúde de Nisa estar sedeado num edifício antigo, a falta de condições não se coloca. Para isso, muito contribuiu o trabalho desenvolvido pela Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Nisa. Mas, será que valeu mesmo a pena este trabalho todo quando se fala no fecho do internamento e da construção de um novo Centro de Saúde? Certamente que todo esse esforço não foi em vão e muita gente já beneficiou e continua a beneficiar com o que a Liga dos Amigos do Centro de Saúde já fez pela nossa comunidade e por a humanização dos serviços de saúde.
Uma relação humanizada engloba, sem qualquer dúvida, um conjunto de componentes que vão desde a acessibilidade, ao atendimento humano, às condições físicas dos espaços onde se aguarda e se é atendido, aos equipamentos, ao acesso a todos os meios disponíveis, etc. Uma verdadeira humanização dos serviços de saúde passa por um atendimento permanente que não se coloca dentro de horário de uma autarquia, de uma repartição de finanças ou até mesmo de um cartório. Mas neste caso, a “humanização” tinha que partir de quem “tem o poder”, de quem é eleito para nos representar e da própria sociedade civil, que no que respeita à “luta por direitos” tem deixado muito a desejar.
A Humanização dos Serviços de Saúde passa também pela criação de um “clima facilitador” de relações. Estou a referir-me concretamente à criação de boas condições de trabalho a todos os que dentro dos serviços de saúde exercem a sua actividade. Também aqui, a situação não parece simples. Não basta melhorar os equipamentos ou fazê-los surgir, é necessário implementar uma nova política de conduta que combata os hábitos enraizados e que, em muitos casos, são verdadeiros entraves às mudanças. Mas parece-se que isto terá de ser feito de uma forma inclusiva e não hostil, terá de ser dinamizado por pessoas que reconhecidamente têm capacidade para o fazer. Não me parece de todo que isso esteja a ser conseguido por todo o nosso país.
Haverá sem dúvida muito profissionais na área da saúde com um comportamento ético duvidoso, há gente assim em todas as áreas profissionais. Há também influencias culturais, nomeadamente, a alteração de valores a que todos estamos sujeitos e às quais ninguém é imune. A valorização das aparências e dos bens materiais em detrimento de mais relacionados com as nossas necessidades básicas, enquanto seres humanos atravessam toda a nossa sociedade, não é exclusivamente dos profissionais da área da saúde e assume a sua principal expressão na privatização dos sistemas de solidariedade social.
Em jeito de conclusão, apraz-me dizer que é necessário dar as mãos. As Unidades de Saúde e Instituições Particulares de Solidariedade Social que têm actuado na área da saúde devem ser capazes de assumir compromissos e de serem ao mesmo tempo actuais e inovadoras, colocando sempre o doente em primeiro lugar. É urgente melhorar a qualidade e a eficácia da atenção dispensada aos doentes; recuperar a imagem das unidades de saúde junto da comunidade; capacitar os profissionais da área da saúde para um conceito de atenção à saúde, baseado na valorização da vida humana e da cidadania; conceber e implantar novas iniciativas de humanização beneficiando tantos os doentes como os profissionais de saúde; estimular a realização de parcerias e trocas de conhecimentos; e desenvolver um conjunto de indicadores de resultados e sistemas de incentivos ao tratamento humanizado.
* Finalista do Curso de Serviço Social
Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa
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Passeio TT dos Bombeiros de Nisa
UM ÊXITO EM TODA A LINHA
Constituiu um assinalável êxito, o 1º Passeio TT, destinado a motos e moto 4, organizado pela secção desportiva dos Bombeiros Voluntários de Nisa e que decorreu no passado dia 2, sábado.


A animação começou bem cedo junto ao local de concentração, no pavilhão da Junta de Freguesia do Espírito Santo. Foi aqui que os cerca de 50 participantes, tomaram o pequeno-almoço e ouviram os responsáveis pela organização que traçaram os objectivos para este primeiro passeio e fizeram as recomendações da ordem para que tudo corresse pelo melhor.
E, efectivamente, assim sucedeu, os amantes de todo o terreno, tiveram um dia e paisagens magníficas para percorrerem os principais trilhos do concelho, conhecer gentes e lugares, conviver, saborear a típica gastronomia norte-alentejana, num ambiente de camaradagem que apraz registar.Após o passeio teve lugar o almoço convívio, com comes e bebes, animação que se prolongou pela tarde fora.
Foi, pois, uma iniciativa merecedora dos maiores encómios, a justificar outras edições. Apenas apontamos um reparo: com a Inijovem a promover iniciativa idêntica com poucos dias de intervalo, seria salutar que as duas organizações reunissem e programassem estes passeios com maior distância de tempo, entre eles. Cremos que todos beneficiariam com o facto.
Apoiaram este 1º Passeio dos Bombeiros Voluntários de Nisa, diversas firmas comerciais de Nisa, Bombeiros Voluntários, Juntas de Freguesia do Espírito Santo e de Nossa Senhora da Graça, Câmara Municipal de Nisa e Sport Nisa e Benfica.
Blog do "Jornal de Nisa" - 8/12/07
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Idosos de Arez visitaram Fluviário de Mora
Cerca de 30 utentes do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Arez visitaram na passada quarta-feira, dia 12, o Fluviário de Mora. Foi um passeio muito divertido e aproveitado pelos idosos, dirigentes e alguns funcionários da Misericórdia para ficarem a conhecer um pouco mais da região alentejana e desta infra-estrutura, única a nível europeu, dedicada aos recursos hídricos e piscícolas. O passeio foi proporcionado pela Santa Casa da Misericórdia de Arez, com o apoio da Câmara Municipal de Nisa que cedeu o autocarro.
Blog do "Jornal de Nisa - 13.9.07

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

JORNAL DE NISA: Modus Vivendi - JN nº 230

No início dos anos 70, faltava material adequado e instalações condignas aos Bombeiros de Nisa. Mas, germinava, já, a mensagem do voluntariado e da acção solidária dirigida, sobretudo, aos jovens.

- Modus Vivendi - in "Jornal de Nisa" nº 230